O que você precisa saber sobre Carma está aqui.
- Marcela Daguer
- 19 de jan. de 2023
- 5 min de leitura
Atualizado: 28 de jan. de 2023

Para falarmos de Carma, primeiramente temos que ter em mente e acreditar que estamos em uma jornada evolutiva e já tivemos inúmeras vidas antecedentes a esta e, de acordo com a nossa lei divina, claramente teremos outras subsequentes também, ou ao menos, até que se atinja a sagrada finalidade que é nos tornarmos uno a Deus.
Partindo do princípio do plano de evolução, devemos saber que somos uma só alma participando de várias vivências, várias encarnações em busca do tão sonhado crescimento espiritual. Em cada uma delas, levamos um nome e características diferentes. E aqui vale ressaltar que não se trata somente de características físicas, mas também comportamentais com gostos, pensamentos, crenças e manias diferentes. Em muitas vezes também pode ocorrer de voltarmos à condição de encarnado em locais, cidades ou até mesmo países diferentes das vidas anteriores. Sobre uma das dúvidas mais frequentes, cabe saber que a estrutura familiar e amigos poderão em muitos casos serem distintas também. Com tanta mudança prevista por aqui, é muito provável também que em sua nova oportunidade de evolução, você venha com missões de vida distintas das que possuímos nas vidas anteriores. Isso é bem comum e faz enorme sentido. Como já podemos compreender um pouquinho, se levarmos em consideração que temos tamanhas mudanças de uma encarnação para outra, a missão também deve sofrer este ajuste e estar mais adequado a sua nova realidade.
O que determina sua missão e carmas os quais teremos e levaremos para a próxima vida são seus atos, comportamentos e desempenho nas vidas anteriores. Acontecimentos, ações e reações, suas decisões, pensamentos, acertos e erros de vidas que antecedem a próxima, serão os balizadores e decisores do que virá adiante. Como somos uma só alma por toda a jornada evolutiva, carregamos tudo isso registrado em nossa alma, em nosso perispírito, por toda a nossa história.
Em teoria, a cada encarnação evoluímos um pouco, ou ao menos, temos a oportunidade para atingir essa meta. Encarnamos, vivemos, aprendemos, despertamos, aprimoramos virtudes e, ao final da vivência como alma encarnada, fazemos um balanço dos resultados que obtivemos nesta vida. E é com base nessa análise que entendemos se o passo na evolução aconteceu ou não e, em caso de positivo, conseguimos saber o quanto evoluímos. Conseguimos saber quais foram as virtudes as quais aprimoramos e melhor, saberemos também, quais são as que devemos nos esforçar para sermos melhores nas próximas. Mas isso é bem teórico pois há pessoas que passam a vida sem sequer dar um passinho adiante, desperdiçando então uma encarnação toda de oportunidades.
Você pode agora estar se perguntando sobre o que acontece com almas que estão em um estágio da evolução, com missões e testes para serem colocados à prova para subir alguns degraus na escala evolutiva e, ao invés de espalhar bons frutos e galgar expansão, comete enormes falhas. Será que uma alma dessa além de deixar de evoluir, involui? É possível regredir de estágio de evolução?
A resposta para isso é, NÃO. Uma alma não “involui”. O grau evolutivo o qual uma alma já conquistou não se perde, não existe a possibilidade de regresso. O que acontece com almas que cometem falhas comprometedoras mesmo portando consciência e discernimento espiritual, é que a carga adquirida por esta alma será computada em seu perispírito e ela carregará consigo os famosos Carmas adquiridos. Essas consequências, as quais aparecerão em forma de aprendizados na vida atual ou nas subsequentes, serão do mesmo tamanho do grau evolutivo, do mesmo tamanho e intensidade da sua consciência e de responsabilidade equivalente ao estágio de alma. É válido lembrar que, quanto mais evoluímos, mais adquirimos consciência de nossos atos e, portanto, ganhamos mais responsabilidades. Quanto mais consciência temos, quanto maior for o nosso “tamanho espiritual”, mais intenso será nosso carma. É muito comum escutar no meio espiritual que, gente grande quando erra, erra grande e tem por consequências, grandes aprendizados (carmas).
Vamos ao que o dicionário diz sobre carma:
Carma: Lei que afirma a sujeição humana à causalidade moral, de tal forma que toda ação (boa ou má) gera uma reação que retorna com a mesma qualidade e intensidade a quem a realizou, nesta ou em encarnação futura.
É bem por ai! Trazemos em nosso perispírito marcas importantes sobre nossos atos.
É muito comum termos carmas. Temos que ter a humildade de saber que somos alma em construção, em lapidação, em evolução e, por consequência, passíveis de falhas. Sabendo do quanto é deficiente a condição de encarnado, podemos falar de falhas de diversas dimensões e consequências, das mais sutis as mais comprometedoras.
Trazer um carma de vidas passadas não necessariamente significa que você é uma má pessoa e muito menos significa que está recebendo um castigo de Deus. Possuir carmas significa somente que em algum momento você falhou perante a lei divina e que, por extremo amor desta mesma lei, terá a oportunidade de se redimir, aprender e cada vez mais, estar perto da plenitude de Deus.
Viver o carma é merecimento e conquista da alma! Toda experiência cármica tem uma representatividade muito positiva por detrás. Uma alma só vive seu carma, quando é entendida a sua capacidade de sustentar a dor. Isso significa que sua alma já tem tamanho e compreensão o suficiente para entender o erro. Quando sofremos de verdade, sofremos por entender que não seríamos capazes de cometer aquele erro ou causar aquela dor nos fizeram degustar, e é aí que a compreensão de alma acontece e se enraíza.
Quando alguém nos fere de alguma maneira e, ao invés de sofrer ou questionar o ato, devolvemos na mesma moeda ou até mesmo de forma pior, isso não caracteriza vivência de limpeza cármica, isso somente caracteriza, mais carmas e consequências para sua vida.
A Vivência Cármica se caracteriza por uma dor que não somos mais capazes de causar no outro.
Imagina se não tivéssemos a oportunidade de reparação de nossos carmas? Isso significaria que não teríamos a oportunidade de sermos melhores, de vivermos e condições melhores não só financeiramente ou materialmente falando, mas como também e o que mais importa, emocionalmente em paz e de fato no caminho do encontro da felicidade e estado pleno da alma. Sem a reparação e dissolução de carmas, de fato nunca nos livraríamos das doenças, dores e tristezas que carregamos.
Portanto, querer e lutar para reparar e dissolver carmas em nossas vidas, é o ato mais inteligente e de amor próprio que podemos ter e fazer por nós.
Você agora deve estar se questionando e buscando entender se podemos fazer isso de forma proativa, ou seja, se podemos conscientemente resolver e dissolver carmas que nosso perispírito traz por entre idas e vindas nossas.
A resposta para isso é, definitivamente sim. O fato de ter carma, sofrer por falhas cometidas nestas e em outras vidas, não significa que precisará carregar isso e tão pouco sofrer até o último respiro de sua vida. Carmas existem como ferramenta de aprendizado e evolução, e não com a finalidade de punição e degradação da alma. Se Deus é puro amor, compreenda de uma vez por todas que, por trás de cada dor, tristeza, frustração ou doença, há um movimento lindo acontecendo no bastidor da sua evolução. Seja grato por isso. Quando você agradece por uma dor, finalmente podemos dizer que você atingiu a tão perseguida e sonhada maturidade espiritual. A vida, a partir desta compreensão, passa a ser mais fácil, ou ao menos, menos dolorida. Sofrer sem sequer saber ou entender o motivo, naturalmente dói mais em comparação quando descobrirmos uma razão e finalidade para isso.
Como saber quais são nossos carmas? Como podemos dissolvê-los em vida para não levar para a próxima?
Procure pelo meu artigo – Qual meu carma e o que devo fazer?
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